Grupos feministas como FEMEN e Marcha das Vadias tem o objetivo de, por meio da exposição do corpo feminino, quebrar paradigmas e trazer reflexão às sociedades ocidentais. As fotógrafas Erica e Katrina também utilizam da nudez, mas com o intuito de colocar em cheque a ditadura da moda, a rigidez religiosa e do padrão de beleza atual.
Segundo Erica, o projeto Nue York – trocadilho entre New York, lugar onde são feitas as fotos, e a palavra francesa para nu – foi criado para questionar o status social que as roupas denunciam. “Este projeto levanta o questionamento: ‘o que seríamos se não tivéssemos roupas para expressar nossa condição social, gostos e personalidades?’. Sem roupa, como comunicaríamos essa posição aos outros?”, questiona Erica.
Já a nudez nos trabalhos da fotógrafa e mórman Katrina, tem o objetivo de criticar o pudor da retórica e cultura de sua religião. “A teologia ensina que os corpos são criados à imagem de Deus, uma ideia que deve ser comemorada e honrada”, afirma a fotógrafa. Ela já fotografou mais de 30 voluntárias mórmon para o projeto Mormon Women Bare – “mulheres mórmons nuas”.
“A maioria de nós não se parece com as mulheres da mídia, que têm corpos perfeitos e ‘photoshopados’, e ainda assim são mulheres lindas. Eu quero que as mulheres, ao verem essas fotos, tenham mais compaixão por si mesmas”, afirma Katrina, que também pretende desmistificar a estética de beleza atual através de suas fotografias.
Fonte: iG